Victorio José Ramon Erbetta Portillo, conhecido como “Coco” Erbetta nascido em 10 de agosto de 1949, em Goya, província de Corrientes, Argentina e viveu desde muito pequeno no Paraná, Entre Rios.
“Coco” era um estudante na Universidade Católica Argentina (UCA). Participou na Ação Católica, catequista e membro do Movimento da Juventude Católica. Foi também jogador de futebol pela Universidade Juventude Peronista (JUP).
No ano de 1976 inicia a ditadura mais sangrenta cívico-militar da história Argentina, “Coco” Erbetta cursava o 5º ano de Engenharia da Universidade e era Presidente do Centro Estudantil.
Devido o seu profundo compromisso em torno da luta por uma sociedade mais justa e igualitária, foi sequestrado por policiais civis à paisana em 16 de agosto do mesmo ano na universidade e levado para o Centro Clandestino de Detenção “Esquadrão de Comunicações”, Regimento de Comunicações Paraná, Argentina.
Permaneceu recluso num calabouço extremamente pequeno que dividia com outros 20 companheiros, de onde eram tirados sistematicamente para serem torturados e devolvidos depois de dois ou três dias. Chegou à vez de levarem “Coco”, porém ele não retornou para o calabouço. Seus companheiros conseguiram ver pelos buracos feitos na porta do calabouço, um grupo de soldados, oficiais e médicos em torno de um cadáver coberto com um lençol. “Coco” não resistiu aos choques elétricos e morreu, pois, tinha problemas cardíacos.
O cadáver de “Coco” nunca foi entregue aos pais, e continua desaparecido.
Na época do assassinato e desaparecimento, os militares emitiram um relatório falso, onde alegaram uma suposta fuga. Foi preso o ex-oficial da Polícia Federal e ex-funcionários de inteligência civil Cosme Ignacio Demonte, um elemento-chave na execução do Terrorismo de Estado em Entre Rios pelo sequestro de “Coco” Erbetta.
Texto elaborado por Tonny, da Irmandade dos Mártires da Caminhada.