Ambientalista Mártir
HODURAS * 06/02/1995
Blanca Jeannette Kawas Fernández, ativista ambiental, assassinada por lutar pela causa ecológica.
Ativista ambiental e cultural da Baía de Tela que enfrentou os poderosos e os interesses econômicos de vários grupos de poder, que viam a área exclusivamente como recursos para explorar e gerar capital.
Foi assassinada dois dias depois de liderar uma marcha popular em defesa do Parque Nacional Punta Sal. Ela se opôs à iniciativa do governo de conceder títulos de propriedade na área do parque a alguns agricultores e empresários. Denunciou empresas madeireiras que pretendiam explorar a floresta na reserva florestal.
No dia 6 de fevereiro de 1995, por volta das 19h30, enquanto estava em casa junto com Marcial Bueno, seu assistente pessoal, foi covardemente assassinada. Os suspeitos dispararam duas vezes por uma das janelas, sendo um desses tiros o que acabou com a vida da incansável líder, defensora dos direitos humanos.
Embora existindo várias testemunhas que poderiam ter identificado os assassinos, a morte de Jeannette não foi efetivamente investigada e prevalece a impunidade. O principal motivo foi à participação do Sargento Ismael Perdomo, que na época comandava a Força de Segurança de Tela, no encobrimento dos autores e na obstrução intencional da investigação dos fatos, o que faz com que todos presumam que estava envolvido no planejamento da execução de Jeannette.
A Corte Interamericana de Direitos Humanos condenou em 7 de maio de 2009 o Estado de Honduras pelo assassinato de Blanca Jeannette Kawas Fernández por entender que o Estado foi partícipe da execução e após 27 anos o Estado continua descumprindo sua obrigação de investigar e punir os responsáveis.
Texto elaborado por Tonny, da Irmandade dos Mártires da Caminhada.
