DIA INTERNACIONAL DA MULHER – 8 DE MARÇO
A comemoração do dia 8 de março “Dia Internacional da Mulher” representa pelo menos oito décadas de luta pela igualdade, a justiça, a paz e o desenvolvimento.
A história remonta à Casa do Povo, em Copenhague, Dinamarca, onde em 1910 se proclamou a jornada internacional. Por instancias de Clara Zetkin, membro do Sindicato Internacional de Operárias da Confecção, na Segunda Conferencia Internacional de Mulheres Socialista, foi aprovada uma resolução na qual se propunha ser comemorado todos os anos um Dia da Mulher, em honra do movimento em favor dos direitos das mulheres.
A resolução, aprovada por mais de 100 delegados de 17 países, foi o resultado de lutas que até então tinham conduzido diversas gerações de mulheres. Desde então esta data se converteu em um dia no qual as mulheres de todo o mundo lutam por seus direitos.
Nesta luta cabe destacar as operárias da indústria têxtil e da confecção, que no dia 8 de março de 1857 manifestaram-se nas ruas de Nova Yorque exigindo o direito ao trabalho e em condições mais humanas: mas de 100 operárias tomaram a fabrica onde trabalhavam para exigir 10 horas de trabalho, em vez de 16, além de protestar contra os baixos salários, as condições de insalubridade e abuso dos patrões. A luta durou 13 semanas, com a palavra de ordem “Estamos em greve por um trabalho humano”. Em resposta, os patrões decidiram despedir grande numero delas, queimaram a fábrica e as operárias dentro dela.
Outro fato importante nessa luta foi: em 1908, em Nova Yorque, 20.000 operárias têxteis (a maioria imigrantes) se organizaram numa greve geral que é conhecida mundialmente por “a grande revolta”. Suportaram fome, frio, pancadas e encarceramento até ganhar mudanças em suas condições de trabalho, e além disso desfizeram a ideia de que nem as mulheres nem os imigrantes tinham capacidade de se organizar. E também foram essas mulheres que desmontaram, pela primeira vez nos EUA, a eficácia de uma grave geral.
Texto da Agenda Latino-Americana 1995