ANTERO DANIEL ESQUIVEL

País do martírio:

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Memória dos 45 anos do seu martírio

Mártir da Causa Operária
ARGENTINA * 01/02/1977

Antero Daniel Esquivel, leigo catequista, paraguaio, 32 anos.

Daniel nasceu no Paraguai. Desde criança foi membro da Ação Católica. Migrou para Buenos Aires. Foi catequista na diocese de Lomas de Zamora. Trabalhava na construção civil, como eletricista.

Desejou ser sacerdote, mas como só tinha poucos anos de escola primária e como queria ser sacerdote e continuar seu trabalho de eletricista, nenhuma diocese o recebeu.

Na manhã do dia 1 de fevereiro de 1977, homens armados prenderam a ele e a seus companheiros, no bairro pobre onde viviam. Depois de golpeá-los, colocaram-nos em caixas de madeira dentro de um carro, que saiu a toda pressa. Depois de dias de tortura, os outros foram libertados. Daniel não. Jamais se soube algo dele.

O bispo, Dom Desiderio Collino, escreveu sobre Daniel, em uma carta de Quaresma de 1977: “Sei com certeza que Daniel jamais esteve metido em questões relacionadas com problemas políticos de sua pátria, o Paraguai. Menos ainda tinha relação com grupos guerrilheiros daqui. Todos os nossos esforços junto às autoridades, até agora não conseguiram localizá-lo… Repito com ênfase, que mesmo em autodefesa contra grupos de atividades subversivas, ninguém tem o direito de atacar a quem está desarmado; a tortura é sempre um pecado muito grave; tomar a propriedade de alguém é roubo…. Uma arma não dá o direito à propriedade… Os cidadãos não podem ser deixados ao arbítrio de pessoas ou de grupos armados (cujos crimes são tolerados e até aprovado pelo governo)”…. “Daniel, onde quer que estejas, és um exemplo para os cristãos. Se já estas na casa do Pai, estarás rezando por nós… Se ainda permaneces na casa de detenção, em algum lugar, nos sofrimentos que impõem aos filhos de Deus, estamos certos de que mostrarás que ali estás por causa de Cristo. Daniel animará aos débeis, rezará com eles, e com todos cantará em sua língua guarani. Digo por ele – Se me tomam prisioneiro, servirei a Cristo como prisioneiro, em minha cela vou escrever seu nome com o sangue do meu coração”.

Texto do livro: Martírio, memória perigosa na América Latina hoje.

ANTERO DANIEL ESQUIVEL, Presente na Caminhada!

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