BARTOLOMEU DE LAS CASAS

Memória de 455 anos de sua Páscoa

Profeta, Defensor da causa dos Índios e Negros
MADRI * 17/07/1566

Bartolomeu de Las Casas nasceu em Sevilha, na Espanha, no ano de 1474. Seu pai era um mercador da esquadra de Colombo, na segunda viagem ao novo continente. Estudou na Universidade de Salamanca, onde se graduou em direito.

Depois viajou para Roma, onde terminou os estudos e ordenou-se sacerdote em 1507. A rainha Isabel, chamada “a católica”, da Espanha, considerava a evangelização dos índios a justificativa mais importante para a expansão colonial. Insistia para que os sacerdotes e frades estivessem entre os primeiros a fixarem-se na América. Em 1510, Bartolomeu de Las Casas retornou à ilha Espanhola, agora como missionário, para combater o tratamento cruel e desumano dado as índios pelos colonizadores.

Para defender os índios no novo continente, Bartolomeu viajou várias vezes à Espanha, apelando aos oficiais do governo e a todos que o quisessem ouvir. Desde que ingressou na vida religiosa dominicana, ele se dedicou à causa indígena em defesa da vida, da liberdade e da dignidade. Dedicou vários anos à meditação e ao estudo, depois dos quais começou a escrever e a viajar incansavelmente. Lutou, também, para que tivessem direitos políticos, de povos livres e capazes de realizar uma nova sociedade, mas próxima do Evangelho.

Para Frei Bartolomeu, o índio é o pobre de que fala a Bíblia, não apenas assassinado, mas espoliado e explorado até o suicídio. Portanto, o culto a Deus e a exploração do pobre são incompatíveis. O ponto central de sua teologia está precisamente na identificação de Cristo com o índio martirizado, com o pobre real.

A prioridade, para Bartolomeu, era a evangelização. Com tal propósito, viajou pela América Central fazendo um trabalho pioneiro, registrando tudo em seus diários. Foi perseguido pelos colonizadores espanhóis de São Domingos, Peru, Nicarágua, Guatemala e do México. Neste último país, foi nomeado bispo aos setenta anos de idade, em 1544. Mas ficou apenas três anos em Chiapas, sempre perseguido pelos espanhóis.

Em 1547, partiu da América para não mais voltar. Regressou à Espanha, continuando lá a defesa dos índios, à permanente denúncia da exploração de que foi vítima por parte dos conquistadores, quando corrigiu e publicou seus escritos, todos se contrapondo à política colonial. Porém suas ideias foram contestadas na América e também na Espanha. Tanto que, em 1552, suas obras foram censuradas e proibidas para leitura.

Morreu aos noventa e dois anos de idade no Convento Dominicano de Atocha, no dia 17 de julho de 1566, em Madri, Espanha. Muito querido do povo mexicano, seu nome, hoje, é lembrado como um dos maiores humanistas e missionários da história do cristianismo.

Texto elaborado por Tonny, da Irmandade dos Mártires da Caminhada.

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"Chamados pela luz da Tua memória, marchamos para o Reino fazendo História, fraterna e subversiva Eucaristia."

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