PADRE EZEQUIEL RAMMIN

País do martírio:

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Mártir da Terra
CACOAL-RO * 24/07/1985

Ezequiel Ramin, jovem missionário comboniano, veio da Itália para Rondônia, na diocese de Ji-Paraná, onde se entregou generosamente ao serviço e à defesa dos indígenas e dos sem terra. Vibrava pelas causas da justiça e libertação. Ameaçado, não desistiu em sua pastoral vinculada ao CIMI e a CPT. Morreu na estrada, crivado de balas pelo latifúndio. E em sua homenagem, foi composto nosso popular canto “Pai Nosso dos Mártires”.

Texto elaborado por Tonny, da Irmandade dos Mártires da Caminhada.

Abaixo algumas frases dita por Ezequiel Ramin

“Me coloco do lado dos índios e dos colonos, que são expulsos de suas terras onde estão trabalhando há gerações. São expulsos só porque, de repente, alguém afirma que aquelas terras não são mais deles”.Pe. Ezequiel – carta aos pais)

“Não aprovamos violência embora recebamos violência. O padre que está falando recebeu ameaças de morte. Querido irmão, se minha vida te pertence te pertencerá também minha morte!”(Pe. Ezequiel-do sermão gravado-dia 12/02/1985)

“Aqui muita gente tinha terra: foi vendida.
Tinha casa: foi destruída. Tinha filhos: foram mortos.
Tinha aberto estradas: foram fechadas.
A essas pessoas eu já dei minha resposta: um abraço!”

“Meu trabalho aqui é de anúncio e denúncia.
Não pode ser de outro jeito, considerada a situação do povo.
Precisamos apoiar bastante os movimentos populares
e qualquer associação sindical. A fé precisa andar
de mãos dadas com a vida”.

“Eu sei muito bem que esta escolha
vai me custar muito caro e, desde agora,
aceito voluntariamente todas as consequências
que dela vierem: quem sabe a prisão,
a tortura e, também, a vida”.

“Vim entre vocês na simplicidade e na amizade,
mas, antes de pôr os pés no solo brasileiro, tinha feito a minha
opção preferencial: os pobres e os indígenas,
as duas categorias mais exploradas desta terra”.

“Existem hoje marginalizados e esquecidos, nas penitenciárias, nos hospitais, asilos, reformatórios, barracos, nas calçadas e debaixo dos viadutos das grandes cidades. São os excluídos da vida humana. Como se pode ficar indiferente diante de tamanha dor do ser humano? Eu não sou idealista; a utopia não deixa amar também essa gente excluída. A utopia não ama o ser humano assim como ele é”.

“Trabalhar com os pobres é criar primaveras depois do inverno.”

“Vejo esperança mesmo onde encontro dor e miséria”.

“Desde que Cristo morreu injustiçado, toda a injustiça pode atingir qualquer um dos cristãos”.

“Continuo semeando esperança, simpatia, carinho e o testemunho do Senhor”.

“Sinto-me amado por Deus. O desejo de viver, como Ele nos tem ensinado, é ainda vivo e forte dentro de mim. Creio num Deus vivo que muda o coração da gente”.

“Existe uma profunda desigualdade social; de um lado vejo a trágica desnutrição e a fome e do outro bem-estar e esbanjamento escandaloso”.
“O compromisso que assumi é procurar quem precisa de mim. Para ajudar as pessoas e resolver seus problemas é necessário um amor grande que me dê força bastante para nunca cansar”.

“Se Cristo quer servir-se de mim, não posso recusar-me”.

“Sinto-me em sintonia com o mundo latino americano, com suas angústias e com suas grandes esperanças”.

“Muitas vezes, sinto um nó na garganta e uma grande vontade de chorar, ao ver os quilômetros de cerca”.

“Assumi o compromisso de procurar as pessoas que precisam de mim”.

“Existem, hoje, muitos excluídos, marginalizados, esquecidos: nos hospitais, penitenciárias, asilos, reformatórios, barracos. São os excluídos da vida humana”.

“É bem verdade que o testemunho cristão é pago com um preço muito alto, e com a própria vida”.

PADRE EZEQUIEL RAMMIN, Presente na Caminhada!

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